sábado, 22 de agosto de 2009

A primeira impressão é a que fica

Têm certas coisas que só se aprende quando se entra na faculdade, por exemplo: um calouro no meio da multidão é um calouro. Olhos indiscretos, sorriso no rosto e uns inconvenientes ao lado chamando-o de bicho... Não adianta disfarçar. É nítida a empolgação, pontualidade e curiosidade.
Calouro que é que calouro pergunta sobre tudo: esse semestre haverá trote? Por que tem uma geladeira no banheiro? É verdade que vende cerveja na cantina? E uma infinidade de perguntas bizarras acompanhadas de expressões super amigáveis dos veteranos, que estão – sempre – dispostos a ajudar ou sacanear. Dependendo da situação, chega ser engraçado ver um novato pedindo explicação, ou até mesmo conversando com um veterano, que por sua vez subentende que calouro já chega à faculdade sabendo. Ou então tem obrigação de saber onde são todos os campi, dominando todas as matérias, conhecendo todos os professores, decifrando as siglas e abreviações que, diga-se de passagem, foram feitas para confundir.
E muitas são as experiências universitárias, as que serão levadas pelo resto da vida e as que, por algum motivo sórdido, serão pouco lembradas. Ao certo, o melhor de entrar na universidade, e ser calouro, é saber que em menos de seis meses, outro bicho ocupará esse posto. E que se levará mais de quatro anos sacaneando muitos outros!


Susana Coelho

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