quarta-feira, 9 de setembro de 2009

OBITUÁRIO - Por Michele Figueiredo

OBITUÁRIO



Morreu nesta sexta-feira, 28 de agosto de 2009, após uma resistência digna de respeito, a Esperança, vítima de insuficiência respiratória, a qual foi causada pela indignação, depois de tomar conhecimento da possível liberdade do pacato cidadão Roberto Aparecido Alves Cardoso, vulgo “Champinha”. Em 5 de novembro de 2003, Champinha (então com a idade de 16 anos) e seus amigos, num passeio divertido pela floresta, ao avistarem o casal Felipe Café e Liana Friedenbach, resolveram recepcioná-los para uma festinha particular de horror. Enquanto os demais foram capturados, Champinha, por ser menor de idade – e, portanto uma criança, um completo inocente, sem fazer a menor idéia o que tinha cometido –, foi internado numa clínica de recuperação. Certamente ele seria recuperado e assim devolvido para o convívio social.
Devido a seu comportamento exemplar, esta criatura desprovida de humanidade tem a possibilidade de ser libertada. A Esperança, verdadeira companheira dos brasileiros, foi fatalmente atingida por esta vibrante notícia e não pôde mais resistir, como, aliás, vinha fazendo há vários anos (Esperança já tinha sofrido diversas vezes de infarto e recentemente foi diagnosticada como mais uma vítima da gripe suína). A indignação diante desta realidade foi tamanha que Esperança não conseguiu sequer respirar.
Esperança era brasileira, viúva e deixou milhões de brasileiros.

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